BUSCAR
CADASTRE-SE
ENTRAR
Matérias médicas:
Como a NUTRIÇÃO pode atuar na FERTILIDADE
Dra Tayanne Nunes Sátiro Ferraz de Moura
Matérias médicas:
Mitos e verdades em cirurgia bariátrica - As dez perguntas mais frequentes no consultório
Dr. Zailton Bezerra
Matérias médicas:
Fake News na Oncologia
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Matérias médicas:
Menopausa: Um Divisor de Águas na Vida da Mulher
Dra. Márcia Fonseca
Matérias médicas:
Ter câncer e a importância da segunda opinião médica
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Matérias médicas:
Rinoplastia
Dr. Leonardo Fontes Silva
Matérias médicas:
A importância do acompanhamento nutricional na Cirurgia Bariátrica
Dra Mariana de Almeida Ferreira do Carmo
Matérias médicas:
Precisão no tratamento das varizes
Dr. Antonio Luiz Ximenes
Matérias médicas:
O que esperar da inteligência artificial para os cuidados do paciente com câncer
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Matérias médicas:
Cirurgia Metabólica e sua importância para o controle da Diabetes
Prof. Dr. Marcelo Gonçalves Sousa
SOBRE NÓS
PROFISSIONAIS
CLÍNICAS
HOSPITAIS
LABORATÓRIOS
MATÉRIAS
SEJA FRANQUEADO
CADASTRE-SE
CONTATO
POLÍTICA DE SEGURANÇA
CONTATO
LOGIN
Selecione o tipo de busca
Pesquisar por Profissionais
Pesquisar por Clínicas
Pesquisar por Laboratorios
Pesquisar por Hospitais
Dúvidas Médicas respondidas por especialistas
Artigos e Notícias
Distúrbios de condução atrioventricular e intraventricular
Acupuntura
Agência Transfunsional
Alergia e Imunologia
Alergia e Imunologia Pediátrica
Alergologia
Análises Clínicas
Anatomia Patológica e Biopsia
Anestesiologia
Angiologia
Angiorradiologia
Assistência Domiciliar
Autoimunidade
Biomedicina
Bioquímica
Cálculos Urinários
Câncer
Câncer de Próstata
Câncer de Rim
Cardiologia
Cardiologia Pediátrica
Cardiotocografia Fetal
Centro Cirúrgico
Centro de Diagnóstico
Centro de Terapia Intensiva (CTI)
Cirurgia Bariátrica
Cirurgia Cardiovascular
Cirurgia da Coluna
Cirurgia da Mama
Cirurgia da Mão
Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Cirurgiã Dentista
Cirurgia Dermatológica
Cirurgia do Aparelho Digestivo
Cirurgia do Joelho
Cirurgia Endovascular
Cirurgia Geral
Cirurgia Maxilofacial
Cirurgia Oral
Cirurgia Oral Menor
Cirurgia Pediátrica
Cirurgia Plástica
Cirurgia Plástica Ocular
Cirurgia Torácica
Cirurgia Urológica de Videolaparoscopia
Cirurgia Vascular
Cirurgião Dentista
Cirurgião Geral
Clínica Geral
Clínica Médica
Colonoscopia
Coloproctologia
Colposcopia
Crescimento da Próstata
Dermatologia
Doenças Crônicas
Dor Crônica
DTM
Ecocardiografia
Ecodoppler
Eletrocardiograma
Eletrocardiograma
Eletrocardiograma
Endocrinologia
Endocrinologia
Endocrinologia Pediátrica
Endodontia
Endometriose
Endoscopia
Endoscopia Digestiva
Endovascular
Esterilidade
Estética Corporal
Estética Facial
Expertise em Autismo nos diversos modelos de intervenção
Farmácia
Fimose
Fisiatria
Fisioterapia
Fitoterapia
Fleboestética
Floortime
Fonoaudiologia
Gastrocirurgia
Gastroenterologia
Gastropediatria
Geriatria
Ginecologia
Gripe comum
Harmonização Facial
Hematologia
Hematoterapia
Hemodinâmica
Hepatologia
Histeroscopia
Homeopatia
Implantes Dentários
Implantodontia
Imunologia
Infectologia
Laboratório
Linguagem
Mamografia
Massagem Relaxante
Massoterapia
Mastologia
Maternidade
Medicina
Medicina
Medicina do Trabalho
Medicina Preventiva
Metabologia
Modelo Denver
Modelo DIR
Motricidade Oral
Nefrologia
Nefrologia Pediátrica
Neuro Pediatria
Neuro Psicologia
Neurocirurgia
Neurofisiologia
Neurologia
Neurologia Infantil
Neuropediatria
Neuropsicologia
Nutrição
Nutrição Esportiva
Nutrição Geriátrica
Nutrição Materno-Infantil
Nutrição Oncológica
Nutrição Pediátrica
Nutrologia
Nutrologia Esportiva
Obesidade
Obstetrícia
Odontologia
Odontopediatria
Oftalmologia
Oncogenética
Oncologia
Oncologia Clínica
Oncologia Pediátrica
Ortodontia
Ortomolecular
Ortopedia
Otorrinolaringologia
Pedagogia
Pediatria
Periodontia
Personal Trainer
Pilates
Pneumologia
Preenchimento
Proctologia
Prótese Dentária
Psicologia
Psicopedagogia
Psiquiatria
Quiropraxia
Radiologia
Reeducação Postural Global
Reumatologia
Saúde e Estética
SOP - Síndrome dos Ovários Policísticos
Terapia ABA
Terapia Capilar
Terapia Ocupacional
Teste Ergométrico
Toxina botulínica
Traumato - Ortopedia e Desportiva
Traumatologia
Tui na
Ultrassonografia
Urgência e Emergência
Urologia
Vasectomia
Ventosaterapia
Videolaparoscopia
Especifique o Estado
Paraíba
Paraná
Específique o Estado
Específique a Cidade
INICIAR PESQUISA
Não encontrei o que procuro!
PROFISSIONAIS
Os Melhores Profissionais de Saúde da Paraíba
Dr. Emanuel Veras
MEDICINA
CRM/PB 13022 | CRM/SP 176329
( 0 opiniões )
MEDICINA
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Oncologia Clínica/ Clínica Médica/
CRM/PB 8766 | Oncologia Clínica - RQE 4324 | Clínica Médica - RQE 4323
( 1 opinião )
Oncologia Clínica, Clínica Médica
Dr. Marcelo Gonçalves Sousa
Cirurgia do Fígado e do Pâncreas/ Cirurgia Bariátrica e Metabólica/ Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM/PB 5438 | RQE 5106 / RQE 3478
( 6 opiniões )
Cirurgia do Fígado e do Pâncreas,Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Cirurgia do Aparelho Digestivo
Dr. Braulio Gusmão
Oftamologista
CRM/PB 6017 | RQE 4716
( 0 opiniões )
Oftamologia
Dra. Wanuzia Keyla Miranda
GINECOLOGIA
CRM/PB 4101
( 0 opiniões )
Patologia do Trato Genital Inferior Citopatologia Ginecológica Ginecologista Estética Regenerativa
Dr. Ugo Guimarães Filho
Otorrinolaringologista
CRM/PB 4429 | RQE 2696
( 0 opiniões )
Otorrinolaringologia
Dr. Icaro Jasub
Cirurgião Bucomaxilofacial/ Implantodontia
CRO/PB 4489
( 0 opiniões )
Cirurgião Bucomaxilofacial, Implantodontia
Dra. Elisabeth Pinheiro
FISIOTERAPEUTA/ /ESPECIALISTA EM DOR CRÔNICA/ TRAUMATO-ORTOPEDIA E DESPORTIVA/ DTM
CREFITO 242492-F
( 15 opiniões )
FISIOTERAPEUTA, DOR CRÔNICA, TRAUMATO-ORTOPEDIA E DESPORTIVA, DTM
Dr. Bruno Brito
ONCOLOGIA CLÍNICA
CRM/PB 11211 | RQE 5387
( 1 opinião )
ONCOLOGIA CLÍNICA
Dr. Zailton Júnior
Cirurgia do aparelho digestivo/ Cirurgia bariátrica e metabólica/ Cirurgia Hepatobiliocancreática/ videolaparoscopia
CRM/PB 5521 | RQE 4862 | RQE 4863
( 5 opiniões )
CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO, CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA, CIRURGIA HEPATOBILIOPANCREÁTICA, VIDEOLAPAROSCOPIA
Dra. Márcia Fonseca
Ginecologia Integrativa/ Histeroscopia
CRM/PB 4216 | RQE 3394
( 13 opiniões )
Ginecologia Integrativa, Histeroscopia
Dr. Antonio Luis Ximenes
ANGIOLOGISTA/ CIRURGIÃO VASCULAR/ CIRURGIÃO ENDOVASCULAR/ FLEBOESTÉTICA
CRM/PB 5953 | RQE 3581 | RQE 3603
( 5 opiniões )
ANGIOLOGISTA, CIRURGIÃO VASCULAR, CIRURGIÃO ENDOVASCULAR, FLEBOESTÉTICA
Dra. Mariana Cartaxo
Oncologia Clínica/ Clínica Médica/
CRM/PB 9044 | RQE 6087 | RQE 6088
( 0 opiniões )
Oncologia Clínica, Oncogenética
CLÍNICAS
As Melhores Clínicas e Consultórios da Paraíba
Clínica de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Eco Medical Center Cartaxo Rua Antônio Rabelo Jr, 170, 9º Andar - Sala 902. - Miramar
Eco Medical Center Cartaxo Rua Antônio Rabelo Jr, 170, 9º Andar - Sala 902.
- Miramar
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Otorrinolaringologia
ACESSAR PERFIL
Clínica Cordius
Eco Medical Center - Rua Antônio Rabelo Júnior, 171 - 14º andar - Sala 109 - Miramar
Eco Medical Center - Rua Antônio Rabelo Júnior, 171 - 14º andar - Sala 109
- Miramar
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Consultas e Exames Cardiológicos
ACESSAR PERFIL
Clínica da Coluna
Rua Derlópidas Gomes Neves, 17 - Bancários
Rua Derlópidas Gomes Neves, 17
- Bancários
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Neurologia, Cirurgia da Coluna, Anestesia, Dor, Cirurgia do Aparelho Digestivo
ACESSAR PERFIL
Clínica Vivere
Av Fernando Luiz Henriques dos Santos, 1191. - Jardim Oceania
Av Fernando Luiz Henriques dos Santos, 1191.
- Jardim Oceania
João Pessoa - Paraíba
( 1 opinião )
CIRURGIA PLÁSTICA, MASTOLOGIA
ACESSAR PERFIL
Nucleobari
Pátio Altiplano Shopping - Rua Poeta Targino Teixeira, 251 - Sala 66 - Altiplano
Pátio Altiplano Shopping - Rua Poeta Targino Teixeira, 251 - Sala 66
- Altiplano
João Pessoa - Paraíba
( 2 opiniões )
A melhor medida é a vida
ACESSAR PERFIL
Clínica de Otorrino - Unidade Centro
Unidade Centro - Av. Maximiano de Figueiredo, 44. - Centro
Unidade Centro - Av. Maximiano de Figueiredo, 44.
- Centro
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Otorrinolaringologia
ACESSAR PERFIL
Clínica de Otorrino - Unidade Bessa
Unidade Bessa - Av. Argemiro de Figueiredo, 2075. - Bessa
Unidade Bessa - Av. Argemiro de Figueiredo, 2075.
- Bessa
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Otorrinolaringologia
ACESSAR PERFIL
Solena Odontologia
Av. João Câncio - 910. - Manaíra
Av. João Câncio - 910.
- Manaíra
João Pessoa - Paraíba
( 1 opinião )
Implantes Dentários , Lentes de Contato Dental, Odonto Pediatria, Estética, Reabilitação Oral
ACESSAR PERFIL
Secicol
Av. Epitácio Pessoa, 2828 - Tambauzinho
Av. Epitácio Pessoa, 2828
- Tambauzinho
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Diagnósticos
ACESSAR PERFIL
Instituto Orãma
Rua Antônio Rabelo Júnior, 161 - 15º andar - Sala 1510. - Miramar
Rua Antônio Rabelo Júnior, 161 - 15º andar - Sala 1510.
- Miramar
João Pessoa - Paraíba
( 1 opinião )
Um ambiente feito para cuidar de você!
ACESSAR PERFIL
Clínica Roots
Av. Governador Flávio Ribeiro Coutinho, 500 - Sala 803. - Jardim Oceania
Av. Governador Flávio Ribeiro Coutinho, 500 - Sala 803.
- Jardim Oceania
João Pessoa - Paraíba
( 3 opiniões )
TRATAMENTO DA DOR, TERAPIA MANUAL, MOVIMENTAÇÃO NATURAL
ACESSAR PERFIL
Clínica de Otorrino - Unidade Eco Medical Center
Unidade Miramar - Eco Medical Center Cartaxo - 13º andar - Rua Antônio Rabelo Jr, 170 . - Miramar
Unidade Miramar - Eco Medical Center Cartaxo - 13º andar - Rua Antônio Rabelo Jr, 170 .
- Miramar
João Pessoa - Paraíba
( 1 opinião )
Otorrinolaringologia
ACESSAR PERFIL
Clinic Allure
Av. Manoel Cândido Leite - 41. - Tambauzinho
Av. Manoel Cândido Leite - 41.
- Tambauzinho
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
COWORKING ESPECIALIZADO NA ÁREA DA SAÚDE
ACESSAR PERFIL
Clínica de otorrino - Unidade Altiplano
Unidade Altiplano - Altiplex José Olímpio - Av. João Cirilo da Silva, 221. - Altiplano
Unidade Altiplano - Altiplex José Olímpio - Av. João Cirilo da Silva, 221.
- Altiplano
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Otorrinolaringologia
ACESSAR PERFIL
HOSPITAIS
Os Melhores Hospitais da Paraíba
Hospital Nossa Senhora das Neves
Rua Etelvina Macedo de Mendonça, 531. - Torre
Rua Etelvina Macedo de Mendonça, 531.
- Torre
João Pessoa - Paraíba
( 2 opiniões )
NÃO IMPORTA A DOR. É URGENTE
ACESSAR PERFIL
Hospital Unimed - Alberto Urquiza Wanderley
Av. Min. José Américo de Almeida - 1450 - Torre
Av. Min. José Américo de Almeida - 1450
- Torre
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Referência em Alta Complexidade
ACESSAR PERFIL
Hospital dos Olhos - Santa Madra
Rua Silvino Almeida, 646 - Expedicionários
Rua Silvino Almeida, 646
- Expedicionários
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Contamos com uma equipe especializada, que está sempre pronta para atender e oferecer o melhor serviço para nossos clientes.
ACESSAR PERFIL
Hospital Visão
Rua Silvio Almeida, 821 - Expedicionários
Rua Silvio Almeida, 821
- Expedicionários
João Pessoa - Paraíba
( 0 opiniões )
Os Cuidados que seus olhos merecem e precisam em um só lugar
ACESSAR PERFIL
MATÉRIAS
Rinosseptoplastia Cirurgia estética e funcional
20.08.2020
Dr. Leonardo Fontes Silva
É cada vez mais comum encontrarmos pessoas em busca de melhorar a aparência e a proporção do nariz, com o objetivo de realçar a harmonia facial e melhorar sua autoestima. Por outro lado, muitas destas pessoas, apresentam dificuldade respiratória em virtude de anormalidades estruturais no nariz, tais como: desvio de septo nasal, hipertrofia de cornetos e sinusopatias. A Rinosseptoplastia é uma cirurgia realizada em um mesmo ato cirúrgico e tem dupla finalidade: melhorar a estética e a função nasal. Ou seja, fazer com que o nariz possa desempenhar plenamente suas funções, além de ficar com um aspecto bonito, uma vez que ele contribui de modo muito importante para harmonia facial. O médico é quem melhor reconhece a necessidade de uma cirurgia funcional. Sabe-se que a dificuldade da respiração pelo nariz interfere na saúde de todo o organismo e causa prejuízos para vários órgãos, em especial para os pulmões, coração e cérebro, interferindo diretamente na capacidade física, na qualidade do sono, no controle do estresse, da concentração e do raciocínio. A cirurgia funcional visa melhorar de maneira muito nítida a qualidade de vida do paciente. Por outro lado, a necessidade de cirurgias que visem melhorar o aspecto estético do nariz é reconhecida pelo próprio indivíduo. Numa conversa entre médico e paciente, as expectativas e desejos, bem como as técnicas e limitações cirúrgicas devem se abordadas, objetivando esclarecer dúvidas quanto aos resultados esperados. O procedimento cirúrgico é feito com anestesia local e sedação, tem duração média de 2 horas e o paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia. Na maioria dos pacientes, utilizamos a técnica fechada e todas as incisões são feitas dentro do nariz, sem nenhum corte ou cicatriz externamente. O paciente deverá usar curativo recobrindo o nariz por uma semana e normalmente não necessitará fazer uso de tampões nasais. Edema e, ocasionalmente hematomas, persistem por uma semana, sendo incomum às dores pós-operatória. Após uma semana, o paciente estará retornando as atividades habituais. O resultado aproximado será observado em 2 meses. Constata-se uma melhora evidente na autoestima e um grande avanço nos parâmetros de qualidade de vida, entre eles a qualidade do sono e as disposições física e mental, ou seja, pessoas mais satisfeitas e mais saudáveis.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
Cirurgia Metabólica e sua importância para o controle da Diabetes
13.05.2020
Prof. Dr. Marcelo Gonçalves Sousa
Cirurgia Metabólica é definida como qualquer intervenção sobre o trato gastrointestinal, com o objetivo de controlar a diabetes e outras doenças associadas à síndrome metabólica, por meio de mecanismos independentes da perda de peso. Para aqueles pacientes que permanecem descompensados, mesmo com todo o tratamento medicamentoso e as mudanças sobre o estilo de vida, essa cirurgia pode ser considerada uma opção terapêutica. A Associação Americana de Diabetes, em seu consenso de condutas de 2017, incluiu a cirurgia metabólica como uma opção entre as intervenções terapêuticas em pacientes com diabetes não controlada, e obesidade grau 1. Cientificamente, essas pessoas possuem um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 Kg/m2 - uma parcela, até então, não contemplada com a cirurgia bariátrica, e que passou a ser acompanhada, ainda no ano de 2017, pelo Conselho Federal de Medicina. Os resultados do controle da diabetes mudam de acordo com a técnica cirúrgica empregada, tornando-se mais potentes após cirurgias com mudanças na anatomia do intestino, que é o responsável pela maior parte dos mecanismos independentes da perda de peso. Diversos estudos comparam a cirurgia bariátrica em diabéticos (realizada em pacientes com IMC maior que 35 Kg/m2) com controles não cirúrgicos. Esses resultados sugerem uma melhoria dos marcadores de risco cardiovascular, como hemoglobina glicada, pressão arterial, colesterol e peso, apontando para uma diminuição de problemas de circulação e mortalidade. Uma das pesquisas, realizada com homens de elevado risco cardíaco, demonstrou uma redução de 42% de mortalidade em dez anos em comparação a um grupo com tratamento clínico, geralmente, irregular. A cirurgia metabólica em um paciente com IMC (relação peso/altura) entre 30 e 35 Kg/m2 é tão eficaz quanto as que são realizadas em pacientes mais obesos. Além disso, evidências científicas apontam que, quando associadas ao tratamento clínico, a cirurgia é segura e tem melhores desfechos glicêmicos à longo prazo, esse resultado independe do IMC e acontece por mecanismos antidiabéticos diretos, e perda de peso. Tanto a cirurgia bariátrica quanto a metabólica cresceram dez vezes mais do que na última década, no entanto, essas operações são 100 vezes mais seguras nos dias de hoje, tornando-se excelentes opções terapêuticas em diabéticos tipo 2 de difícil controle. Os fatores contribuintes para essas melhorias foram a padronização do procedimento, a busca pela excelência no atendimento, a curva de aprendizado da equipe e um maior envolvimento multiprofissional na busca da redução de complicações precoces e tardias. Um ponto importante a ser destacado é a necessidade da equipe multidisciplinar, em especial do endocrinologista, que deverá participar de decisões que vão desde a escolha do momento ideal para a cirurgia até o acompanhamento do paciente nos desafios do pós-operatório, objetivando não a cura, mas um controle melhor da diabetes, e uma possível diminuição das medicações por um longo prazo. Por esses motivos, procurar uma equipe com um cirurgião bariátrico e metabólico, com titulações e especialidades na área, é fundamental. Conclui-se, portanto, que a cirurgia metabólica é um método complexo, feito para tratar doenças delicadas e crônicas, como diabetes e obesidade, produzindo efeitos benéficos e sistêmicos, mas que exige a prevenção de todos os riscos, criando camadas de proteção com defeitos mínimos.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
Ter câncer e a importância da segunda opinião médica
18.08.2020
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
O diagnóstico de um câncer modifica a vida do paciente e de sua família. Será necessário lidar não apenas com o susto das primeiras informações, mas, especialmente, tomar decisões sobre seus cuidados que podem impactar diretamente os resultados do tratamento. Um passo fundamental é a escolha do profissional que irá acompanhá- lo durante toda a trajetória: o oncologista. O diagnóstico de um câncer modifica a vida do paciente e de sua família. Será necessário lidar não apenas com o susto das primeiras informações, mas, especialmente, tomar decisões sobre seus cuidados que podem impactar diretamente os resultados do tratamento. Um passo fundamental é a escolha do profissional que irá acompanhá- lo durante toda a trajetória: o oncologista. Na oncologia, é extremamente frequente que o paciente procure diferentes opiniões médicas antes de adotar uma conduta. Essa atitude é sempre recomendável e não fere a relação médico-paciente. Pelo contrário, dá ao paciente e ao especialista escolhido a segurança de que estão tomando as decisões mais acertadas, levando em conta aspectos clínicos, sociais, financeiros e psicológicos. Existem diversas razões pelas quais os pacientes procuram outros profissionais antes de iniciar um tratamento: o paciente tem dúvidas sobre o diagnóstico, deseja conhecer outras opções de tratamento, o convênio médico exige uma segunda opinião, o tratamento escolhido não está levando aos efeitos esperados. É sempre importante lembrar que como medicina não é ciência exata, frequentemente haverão alternativas e opiniões diversas para o mesmo caso. Na oncologia, essas diferentes opiniões raramente são excludentes; mais comumente, elas podem se somar em benefício do paciente. O código de ética médica expressa que a segunda opinião é direito do paciente. Segundo o Art.39, é vedado ao médico opor-se à realização da segunda opinião solicitada pelo paciente ou por seu representante legal. Assim, o bom profissional e, em especial na oncologia, deve aprovar essa conduta de forma a enriquecer as opções de tratamento para o paciente, visando sempre sua cura. É de boa postura ética que o médico que efetue a segunda opinião reconduza o paciente ao primeiro médico, emitindo um relatório ou parecer com seus pontos de vista. Em muitos casos, o paciente reconstrói sua escolha e termina por optar pelo auxílio do novo profissional, considerando aspectos como opções de tratamento ofertadas, gentileza no cuidado, habilidades de comunicação e proximidade de sua residência. Ao paciente, é fundamental reiterar que as segundas, terceiras ou inúmeras opiniões devem ser sempre obtidas de profissionais reconhecidamente capacitados, atuantes, experientes e que possam somar benefícios palpáveis. O paciente deve sempre suspeitar de condutas mirabolantes, promessas incomuns, alternativas fáceis ou abordagens que envolvam custos exacerbados. Nesses casos, a prudência deve imperar e o paciente deve discutir abertamente seus questionamentos e anseios com o especialista escolhido.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
Câncer em um exame de sangue: biópsia líquida
18.08.2020
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Ser capaz de diagnosticar o câncer ou ainda guiar diferentes terapias para seu tratamento por meio de um simples exame de sangue tem nome: biópsia líquida. Essa estratégia já é uma realidade no tratamento do câncer no Brasil e deverá ganhar maior destaque nos próximos anos. Trata-se de uma ferramenta capaz de identificar fragmentos de material genético relacionados às células tumorais em uma simples amostra de sangue, evitando assim a necessidade de procedimentos invasivos para obtenção de tecidos tumorais. As possibilidades de emprego são inúmeras e a estratégia já é apontada como o “estetoscópio” dos próximos anos. A biópsia líquida já é estudada nos cenários de rastreamento (capaz de identificar pacientes ainda sem sintomas e sob risco de desenvolver um câncer), diagnóstico, controle de tratamento, análise de mutações que podem ser úteis para guiar a terapia e ainda predizer o surgimento de metástases ou o reaparecimento da doença em pacientes que já foram tratados. Apesar das diversas aplicações, a realidade mais frequente no Brasil é o uso da biópsia líquida para a identificação de alterações genéticas do tumor determinando se o paciente pode se beneficiar de terapias específicas. De acordo com as evidências disponíveis, não é possível comparar a biópsia líquida à tecidual, aquela na qual se obtém um fragmento do tumor. Os estudos apontam tratar-se de estratégias distintas e complementares. Hoje, é preciso que o paciente já tenha o diagnóstico de câncer, feito a partir da amostra de tecido tumoral para que possa se beneficiar da biópsia líquida em eventuais mudanças de terapia ou no controle do tratamento. Assim, a conhecida biópsia tecidual continuará tendo seu papel porque é importante classificar o tipo de tumor e ainda é mais fácil investigar diferentes genes ao mesmo tempo no tumor sólido do que através do sangue Junte às diversas possíveis aplicações da biópsia líquida, a possibilidade de ser repetida com maior agilidade e por inúmeras vezes, sem maiores traumas, uma vez que não é invasiva. Isso significa dizer que é possível realizar a biópsia frequentemente ao longo do tratamento e do acompanhamento do paciente. Acredita-se, portanto, que em alguns anos esse será um procedimento tão simples quanto ir a um laboratório e colher um hemograma. Com toda nova tecnologia, surgem questionamentos. Um deles é o custo do procedimento, ainda considerado alto, o que significa dizer que poucos pacientes têm acesso no Brasil. Outra questão vindoura é o impacto no sistema de saúde, uma vez que a frequência do diagnóstico do câncer poderá ser maior. Ainda, existe questionamento ético, como, por exemplo, caso empresas possam solicitar um simples exame de sangue para diagnosticar o câncer e, portanto, selecionar seus candidatos. O desenvolvimento da biópsia líquida será acompanhado à descoberta de novas mutações do câncer e o lançamento de novas terapias. As expectativas, portanto, são grandes para que essa nova estratégia consiga avançar rapidamente e auxilie o adequado diagnóstico e controle da doença.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
Prótese mamária: Subglandular ou Submuscular?
15.09.2020
Dr. Wagner da Silva Leal
Uma das perguntas mais frequentes no consultório é: Em qual plano temos melhores resultados com as próteses de mama? O músculo do qual falamos é o músculo peitoral maior. Ele ocupa boa parte do tórax anterior, na projeção das mamas e pode ser um grande aliado para um resultado natural no aumento mamário. De forma geral, existem os planos Subglandular e Submuscular na hora de escolher o posicionamento das próteses mamárias. Ambos os planos podem ser adequados, desde que seja bem escolhido para cada tipo de paciente. As próteses mamárias, sejam elas redondas ou anatômicas, têm bordos que precisam estar bem camuflados para um resultado estético natural das mamas aumentadas. Pacientes com prega cutânea maior que 3 cm no polo superior da mama podem sem tratadas com implantes mamários subglandulares sem problemas. Já pacientes com prega cutânea menor que 3 cm no polo superior são boas candidatas para um implante submuscular, pois o músculo peitoral acima da prótese aumentará a quantidade de tecido protegendo as partes superior e medial do implante. Isso permite um efeito natural do aumento mamário. A maioria das pacientes que procuram aumento mamário são magras e de pouca cobertura no polo superior, o que faz com que a maioria dos casos de aumento mamário acabem tendo uma indicação do plano submuscular. A opção de implante submuscular mais utilizada atualmente é o Dual Plane, descrito por John Tebbets em 2001. Nesta modalidade, o músculo peitoral cobre aproximadamente 2/3 da prótese, exatamente nos locais onde precisamos de maior cobertura, deixando 1/3 inferior e lateral abaixo da glândula. Esse avanço nos trouxe a possibilidade de evitar o efeito artificial das próteses subglandulares em pacientes magras sem a principal intercorrência das outras modalidades submusculares que era uma marcação na mama durante a movimentação dos braços (efeito dupla bolha). Outras vantagens do plano submuscular são a distância maior da prótese de eventuais lesões na glândula mamária que podem surgir no decorrer da vida da paciente, facilitando eventuais exames de imagem ou mesmo punções de cistos ou nódulos. Como trata-se de um plano avascular, o uso de drenos não é necessário na maior parte das vezes. A desvantagem que costuma ser levantada do plano subglandular em relação ao submuscular seria a dor. O que vemos na prática diária é que a diferença é mínima (se é que há alguma) e que acaba cedendo após a primeira semana. Em qualquer um dos planos, a cirurgia de prótese mamária é um procedimento rápido, que pode receber alta no mesmo dia da cirurgia e de recuperação curta. Já é a cirurgia plástica mais realizada no Brasil e tem ajudado milhares de mulheres a ter um coturno corporal mais equilibrado.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
Menopausa: Um Divisor de Águas na Vida da Mulher
17.09.2020
Dra. Márcia Fonseca
O ciclo menstrual é regido por hormônios hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos, podendo sofrer interferência ainda dos hormônios tireoidianos, que têm ação regulatória sobre todos os sistemas. Também as emoções, atuando sobre o córtex cerebral, podem determinar bloqueio central sobre a ovulação e, consequentemente, interferir nos níveis hormonais femininos. A repetição mensal desse processo de maturação dos folículos ovarianos, por estímulo de tais substâncias, ao longo da vida reprodutiva da mulher, gera esgotamento gradual e progressivo do estoque de células viáveis. Em torno da 4ª década de vida, há redução em mais de 80% da reserva do estroma ovariano, isto é, há interrupção dos chamados ciclos ovulatórios, trazendo, como consequência, infertilidade e irregularidades menstruais, por deficit de progesterona e, em fase posterior, por queda da produção de estradiol, surgimento dos fogachos, pele e cabelo secos, perda da elasticidade vaginal, insônia, baixa da libido e alteração de humor. Esses sintomas são variáveis de mulher para mulher, dependendo de fatores genéticos, de hábitos de vida, da presença de comorbidades e do preparo psicológico, diante de tabus em torno do significado da menopausa. Há uma ideia amplamente difundida de que a mulher de 50 anos ou mais (idade em que acontece geralmente a parada da menstruação) perde sua capacidade reprodutiva, feminilidade e sexualidade, de forma irreversível e imponderável. Todo esse quadro gera muita insegurança e sentimento de caos na mulher, muitas vezes reforçados por quem já viveu essa fase e não foi assistida adequadamente pelos profissionais que teriam a responsabilidade de ouvir, de diagnosticar corretamente e de oferecer uma solução individualizada e estratégias eficazes para a mudança do estilo de vida. O mito de que a menopausa é o começo do fim se baseia numa crença fortemente limitante, criada e mantida por uma sociedade machista, que condenou, por muito tempo, a mulher a um comportamento passivo e de total impotência e aceitação dos sintomas e doenças decorrentes da perda hormonal da pós-menopausa. A medicina, através dos métodos diagnósticos, cada vez mais, sensíveis e específicos, permite traçar o estado de deficiência hormonal, a presença de fatores de risco para as doenças inflamatórias não transmissíveis, achados suspeitos de câncer, o que torna muito seguro o tratamento hormonal, desde que haja um acompanhamento regular da paciente. Os tratamentos consistem em reposição de hormônios isomoleculares, com doses individualizadas, de acordo com a necessidade de cada paciente, por via transdérmica ou através de implantes subcutâneos, evitando, assim, a primeira passagem hepática. Nas pacientes que têm contraindicação absoluta ao uso de hormônios, há o recurso da medicina ortomolecular e ainda o laser íntimo, que melhora o trofismo local, devolvendo a elasticidade e a lubrificação vaginais e aumentando o tônus dos músculos do assoalho pélvico, contribuindo para a vida sexual plena e correção da incontinência urinária leve. Na verdade, a mulher atual de 50 anos ou mais desenvolveu uma nova visão da menopausa: a que poder fazer o melhor por si, por ter maior disponibilidade de tempo, por estar mais madura e consciente de suas potencialidades e do seu desejo de atingir saúde e performance máximas. Pode-se dizer que a menopausa é, a princípio, uma crise que gera a oportunidade para um upgrade, para uma vida plena, para o 2º ato deste grande espetáculo da vida. Viva a sua menopausa com alegria, informe-se, empodere-se!
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
A importância do acompanhamento nutricional na Cirurgia Bariátrica
19.08.2020
Dra Mariana de Almeida Ferreira do Carmo
A obesidade é uma doença crônica não transmissível, que vem atingindo milhões de pessoas no Brasil e no mundo, aumentando os índices de comorbidades associadas a ela como, por exemplo, diabetes, hipertensão, esteatose hepática, apneia do sono, doenças ortopédicas, doenças cardiovasculares, dislipidemias, refluxo, gastrite, entre outras. Por esse motivo, atualmente, a cirurgia bariátrica tem sido o método mais eficaz para o controle dessa doença e suas consequências. As técnicas cirúrgicas mais utilizadas, hoje em dia, são a by pass e a gastrectomia vertical – sleeve. Após a operação, algumas mudanças acontecem no corpo e no metabolismo, independentemente da técnica utilizada, podendo surgir algumas deficiências de macro e micronutrientes. A importância da orientação nutricional do paciente que vai ser submetido à cirurgia bariátrica vai muito além da emissão do laudo ou só da primeira consulta. Esse acompanhamento é dividido em pré-operatório, pós-operatório e reeducação alimentar continuada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCBM), o uso de suplementação é feito nos meses iniciais do pós-operatório. Através do acompanhamento com o nutricionista, o paciente saberá a forma e o tipo correto para utilizar. Em alguns casos, são feitas suplementações de nutrientes isolados, dependendo da carência do paciente. O obeso, devido a sua alimentação rica em gorduras e açúcares, e baixo aporte de vitaminas e minerais, na maioria das vezes, apresenta deficiências nutricionais, antes da cirurgia. Essas carências são corrigidas ainda no pré-operatório, para melhorar a recuperação e a cicatrização. Além disso, também é importante que haja uma mudança de hábitos, como a mastigação correta e a redução do consumo de alimentos industrializados. O paciente precisa entender as mudanças que vão ocorrer no seu corpo. Comumente, no consultório, surgem perguntas como “vou passar fome?” “vou ficar sem cabelo?” “vou ficar sem dente?”. Há uma gama de pessoas que acreditam que isso, de fato, pode acontecer após a cirurgia. Os profissionais da área da saúde, no entanto, entendem que esses questionamentos não passam de mitos. É muito importante que o paciente apresente compromisso e que mantenha o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, sempre com orientações sobre alimentação, níveis de ansiedade e outros, podendo assim, prevenir problemas nutricionais futuros. A cirurgia bariátrica vem ajudando a trazer qualidade de vida para pessoas que não estavam mais dispostas a tentar outros métodos, mas é preciso entender que esse procedimento não é um milagre. Essa cirurgia necessita de atenção pós-operatória, por isso, é importante que o paciente esteja alinhado aos cuidados de um nutricionista.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
Para cada câncer, um tratamento: oncologia de precisão.
18.08.2020
Dr. Luiz Victor Maia Loureiro
Já pensou no tratamento do câncer sem o emprego de quimioterapia? E a possibilidade de usar um remédio específico para cada tipo de câncer? Estas possibilidades já são realidade e fazem parte do que hoje se chama oncologia de precisão. Graças aos extraordinários avanços no entendimento da genética do câncer e, especialmente, nas múltiplas interações do sistema imunológico com a doença, tivemos nos últimos anos a ampliação das possibilidades de tratamento do câncer com o emprego de drogas inteligentes capazes de atuar em “alvos moleculares” específicos de cada tumor e também, mais recentemente, a incorporação da imunoterapia. Somadas, essas novas estratégias têm permitido um controle mais eficaz da doença e mesmo casos em estágios mais avançados têm apresentado excelentes resultados, com menos efeitos colaterais. Falar de oncologia de precisão é conversar sobre a biologia do câncer. É necessário entender que o câncer é uma doença que está em constante transformação. Conceitualmente, o câncer surge quando uma célula qualquer sofre uma mudança em seu código genético e passa a crescer e se multiplicar de forma desordenada. Essas transformações são diversas e geram variados tipos de células o que significa dizer que nem todo câncer é igual. Na prática, câncer são várias doenças que respondem pelo mesmo nome. São essas diferenças que explicam porque tumores de mesma origem se comportam de forma diversa em pessoas diferentes e, adicionalmente, porque alguns pacientes respondem bem às terapias, enquanto outros nem tanto. Sabedores dessas disparidades, os oncologistas alinharam os avanços do conhecimento genético e descobriram que não é mais possível que todos os pacientes com um tipo específico de câncer e estágio recebam o mesmo tratamento. As tecnologias mais recentes são capazes de estudar e mapear os genes das células tumorais e identificar alvos para os quais existem terapias específicas. Em outras palavras, já é possível identificar a fechadura (alvo-molecular) e escolher a chave certa (terapia-alvo). Isso significa dizer que o tratamento é capaz de atuar mais especificamente sobre a célula do tumor e, menos provavelmente, em células sadias. Em última análise, isso aumenta a eficiência do tratamento e reduz os efeitos colaterais. Inúmeras drogas-alvo já foram desenvolvidas e estão disponíveis comercialmente no Brasil, tanto na rede privada quanto na pública. Cânceres de mama, colorretal, rim, pulmão já são largamente tratados com base nos alvos genéticos e moleculares. Para sabermos se o paciente pode se beneficiar dessa estratégia é necessário se certificar que o tumor tem um alvo específico. Isto é normalmente verificado testando uma amostra do tumor obtida por meio de uma biópsia ou durante uma cirurgia. Cada vez mais teremos novos alvos moleculares identificados pela ciência e, portanto, novos medicamentos desenvolvidos capazes de atuar de forma mais eficaz. Saiba, portanto, que é possível se beneficiar de terapias com maior impacto no controle do câncer e que podem ser usadas por longos períodos com efeitos colaterais toleráveis. Já somos, portanto, capazes de tratar o câncer com maior precisão.
LEIA MAIS
ACESSAR PERFIL
×